A cirurgia robótica transformou a forma como tratamos doenças urológicas, especialmente os cânceres de próstata, rim e bexiga. Com tecnologia avançada, maior precisão e recuperação mais rápida, o método vem crescendo em todo o mundo.
Neste guia completo, preparado pelo Dr. Guilherme Canabrava, urologista em Belo Horizonte (MG), você vai descobrir tudo o que precisa saber sobre a cirurgia robótica na urologia: indicações, mitos e verdades, benefícios, riscos, quando não optar por ela e como garantir um tratamento seguro.
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Sumário
ToggleO que é Cirurgia Robótica ?
A cirurgia robótica é uma plataforma tecnológica que amplia a capacidade do cirurgião nas cirurgias minimamente invasivas. Em vez de segurar diretamente os instrumentos, o médico se posiciona em um console e comanda, por meio de pegas sensíveis e pedais, os braços robóticos que trabalham dentro do corpo do paciente.
Essa mediação permite escala de movimentos (transforma um gesto amplo em micromovimentos), aplicação de filtro de tremor e uso de uma câmera com visão 3D em alta definição, que aumenta detalhes e oferece melhor percepção de profundidade. Com isso, estruturas delicadas da urologia, vasos, ureteres e feixes neurovasculares em torno da próstata, por exemplo, podem ser abordadas com maior controle e estabilidade.
É essencial reforçar: o robô não opera sozinho nem toma decisões; ele é uma ferramenta avançada, sempre guiada por um cirurgião treinado, dentro de um hospital com infraestrutura adequada.
Para quais doenças é indicada a Cirurgia Robótica na Urologia?
Na urologia, a cirurgia robótica tem papel consolidado em várias doenças oncológicas e também em situações selecionadas de caráter reconstrutivo. A indicação é sempre individual, considerando tamanho e localização do tumor, condições clínicas, objetivos funcionais e a experiência da equipe. Em linhas gerais:
Câncer de próstata (prostatectomia radical)
É uma das aplicações mais frequentes. A visão ampliada e a precisão dos instrumentos favorecem a dissecção ao redor da próstata e dos feixes neurovasculares, com o objetivo de controlar o câncer e, quando clinicamente possível, preservar continência urinária e função erétil. Em pacientes com anatomia favorável e doença localizada, a plataforma robótica pode ajudar a executar manobras delicadas com maior controle.
Câncer de rim (nefrectomia parcial ou total)
Em tumores renais pequenos a moderados, a nefrectomia parcial robótica permite remover o tumor poupando o restante do rim, algo desejável para manter função renal no longo prazo. A plataforma auxilia em etapas críticas como o controle do pedículo renal, a ressecção precisa e a reconstrução do parênquima (renorrafia). Em tumores volumosos ou anatomicamente complexos, a estratégia pode variar e, por vezes, a nefrectomia total é mais apropriada.
Câncer de bexiga (cistectomia)
A abordagem robótica pode ser utilizada tanto para a retirada da bexiga quanto para reconstruções urinárias selecionadas. A decisão depende do estadiamento, do estado geral do paciente e da logística institucional (tempo cirúrgico, equipe, UTI, materiais).
Tumores de adrenal e ureter (selecionados)
Em situações específicas, a plataforma robótica oferece boa exposição e sutura precisa para ressecções e reconstruções. A avaliação pondera localização, tamanho, acometimento de estruturas vizinhas e riscos cirúrgicos.
Condições reconstrutivas e benignas
Em casos escolhidos, a robótica pode ser empregada em pieloplastia (correção da junção pieloureteral), reimplantes ureterais e outras reconstruções complexas, quando a precisão e a ergonomia trazem benefício técnico. Nem todo caso benigno exige robótica; muitas vezes a laparoscopia convencional atende muito bem.
Vale reforçar: nem sempre robótica é a melhor escolha. Tumores muito volumosos, invasões extensas, limitações anatômicas ou contextos sem equipe experiente e infraestrutura completa podem direcionar para laparoscopia ou cirurgia aberta. O que determina a qualidade do resultado é o encaixe entre caso clínico, técnica, equipe e hospital.
Robótica, laparoscópica e aberta: o que muda na prática
Na comparação do dia a dia, a robótica e a laparoscópica tradicional compartilham a filosofia minimamente invasiva (incisões pequenas e menor agressão tecidual), ao passo que a cirurgia aberta utiliza incisões maiores e visão direta. A robótica se destaca por oferecer visão 3D HD e instrumentos com até sete graus de liberdade, que “imita(m) e supera(m)” a mobilidade do punho humano, permitindo suturas complexas e dissecções milimétricas com maior ergonomia.
Em muitos cenários urológicos, isso se traduz em menor dor, menor sangramento e recuperação potencialmente mais rápida. Porém, disponibilidade e custo variam, e a técnica não substitui todas as demais: há situações em que a laparoscopia ou a cirurgia aberta continuam sendo a melhor escolha.

Benefícios para o paciente
Entre os pontos positivos mais comuns estão:
- Menos dor no pós-operatório
- Recuperação mais rápida e retorno precoce às atividades
- Cicatrizes menores e discretas
- Menor risco de perda sanguínea
- Maior chance de preservar funções importantes, como continência e ereção, em cirurgias de próstata
Vale reforçar: cada paciente é único. Os benefícios variam conforme o caso e não há garantias absolutas.
Quando a robótica pode não ser indicada?
Apesar de suas vantagens, a cirurgia robótica não é sempre a melhor escolha.
Ela pode não ser indicada em situações como:
- Tumores muito grandes ou com invasão extensa
- Anatomia do paciente que dificulte a técnica
- Hospitais sem estrutura adequada (robô atualizado, equipe treinada e UTI disponível)
Nesses casos, outras opções — como a laparoscopia ou a cirurgia aberta — podem ser mais seguras.
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Riscos e segurança da Cirurgia Robótica na Urologia
Toda cirurgia envolve riscos.
No caso da robótica, eles podem incluir sangramento, infecção, complicações anestésicas ou lesão de estruturas próximas.
O diferencial está no preparo: hospitais com protocolos de segurança, equipes certificadas e plano B definido reduzem as chances de intercorrências e aumentam a previsibilidade do procedimento.
Pré-operatório: como se preparar
O preparo inclui consulta clínica, exames laboratoriais e de imagem, avaliação anestésica e revisão de medicações (como anticoagulantes e antidiabéticos).
Você receberá orientações sobre jejum, internação, uso de cateter e eventuais drenos, além de recomendações para deambulação precoce após a cirurgia. Este é o momento para tirar dúvidas, alinhar expectativas e assinar o consentimento informado, entendendo riscos, benefícios e alternativas.
Organizar exames e medicações com antecedência facilita a internação e contribui para um pós-operatório mais confortável e seguro.
Leia a nossa página – Orientações Pré-Operatória e saiba mais!
Como funciona a cirurgia na prática, passo a passo
O procedimento segue algumas etapas:
- O paciente recebe anestesia geral.
- Pequenos cortes são feitos para introduzir a câmera e os instrumentos.
- O robô é acoplado (processo chamado de docking).
- O cirurgião, no console, controla todos os movimentos.
- Ao final, as peças são retiradas e os acessos fechados.
O tempo de cirurgia varia conforme o tipo e a complexidade do caso.

E a recuperação? Com é o pós-operatório?
Na maioria das vezes, o paciente sente menos dor e consegue se movimentar mais cedo.
A alta costuma ocorrer em poucos dias, e as atividades leves são retomadas já na primeira semana. Exercícios físicos e atividades mais intensas, porém, só com liberação médica, geralmente após algumas semanas.
Sinais de alerta como febre, dor que piora, sangramento importante ou dificuldade para urinar devem ser comunicados imediatamente à equipe.
Mitos e verdades da Cirurgia Robótica
- Mito: “O robô opera sozinho.”
Verdade: o cirurgião controla cada movimento. - Mito: “Robótica é sempre melhor.”
Verdade: depende do caso, da experiência do cirurgião e da estrutura do hospital.
Mito: “Não há riscos.” - Verdade: toda cirurgia tem riscos; a robótica apenas ajuda a reduzi-los em alguns cenários.
Perguntas frequentes sobre a Cirurgia Robótica na Urologia
A cirurgia robótica dói menos?
Geralmente sim, porque é menos invasiva.
Quanto tempo fico internado?
Muitos pacientes têm alta em 1 a 2 dias, dependendo do caso.
Meu convênio cobre?
A cobertura ainda é restrita e varia conforme o plano. É importante verificar cada caso. Entenda mais no nosso artigo
Quando volto às atividades normais?
Atividades leves em cerca de uma semana, as mais intensas em 3 a 4 semanas, conforme orientação médica.
Cirurgia robótica em Belo Horizonte (BH)
O Dr. Guilherme Canabrava é urologista especializado em uro-oncologia e cirurgia robótica, com atendimento em Belo Horizonte.
Na consulta, você recebe uma avaliação individualizada, com indicação baseada em critérios técnicos, sempre priorizando segurança, resultado oncológico e qualidade de vida.
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