Cirurgia Robótica na Urologia: o que é, como funciona e quais os benefícios

Neste post vamos responder às principais dúvidas que recebemos sobre a cirurgia robótica na urologia.

Uma das perguntas mais frequentes é: “Quem realiza a cirurgia robótica? É o robô?”

A resposta é não. A plataforma robótica não opera sozinha. Ela é uma ferramenta avançada que amplia a precisão dos movimentos do cirurgião, mas quem está no controle de todo o procedimento é o médico, que comanda cada passo a partir de uma central. Essa tecnologia oferece mais controle e segurança para o cirurgião e, consequentemente, melhores resultados para o paciente.

Afinal, o que é cirurgia robótica?

A cirurgia robótica na urologia é uma técnica minimamente invasiva, realizada com o auxílio de um robô cirúrgico. A principal plataforma utilizada atualmente é o Da Vinci, da empresa Intuitive Surgical.

Em Belo Horizonte, por exemplo, utilizamos essa tecnologia no Hospital Mater Dei, onde atuo com foco em cirurgias urológicas de alta complexidade. Como, por exemplo, a cirurgia robótica para câncer de rim.

Confira no vídeo abaixo mais informações sobre a cirurgia robótica:

É necessário treinamento para operar com o robô?

Sim. O cirurgião precisa passar por treinamentos teóricos e práticos, oferecidos pela fabricante da plataforma.

Após essa etapa, há um período de atuação com o acompanhamento de um proctor, um profissional experiente que orienta os primeiros procedimentos. Só depois disso o médico está autorizado a realizar cirurgias robóticas de forma independente. Todo esse processo garante a segurança do paciente e melhores resultados clínicos.

Conheça a plataforma de treinamento mimic

Quais os principais benefícios da cirurgia robótica na urologia?

A cirurgia robótica vem ganhando espaço principalmente pelos benefícios que oferece aos pacientes:

  • Incisões menores, o que reduz o trauma cirúrgico e melhora a cicatrização;
  • Menor sangramento, reduzindo a necessidade de transfusões;
  • Recuperação mais rápida e menos tempo de internação;
  • Imagens em alta definição e ampliadas, que ajudam a preservar estruturas delicadas, como nervos e feixes vasculares;
  • Movimentos mais precisos, com a tecnologia da “munheca robótica”, que permite amplitude 3D — superior à da cirurgia laparoscópica.

Essas vantagens são especialmente relevantes em procedimentos como a prostatectomia radical, uma das cirurgias mais realizadas na urologia, indicada para tratamento do câncer de próstata.

Cirurgia robótica ajuda na continência urinária após a prostatectomia?

Essa é outra pergunta que recebo com frequência. Estudos mais recentes apontam que, sim, a cirurgia robótica pode contribuir para um retorno mais rápido da continência urinária — ou seja, o paciente tende a recuperar o controle da urina em menos tempo, quando comparado a outras técnicas cirúrgicas.

No entanto, é importante reforçar que nem todo caso exige cirurgia robótica. Existem situações em que a cirurgia convencional ou laparoscópica ainda é a melhor alternativa. A escolha da abordagem deve ser feita de forma individualizada, considerando o tipo e estágio da doença, as condições clínicas do paciente e também a viabilidade financeira.

A cirurgia robótica é coberta pelos planos de saúde?

Infelizmente, a maioria dos planos de saúde ainda não cobre a cirurgia robótica. Por isso, o paciente precisa avaliar junto à equipe médica os custos envolvidos, caso deseje realizar o procedimento com essa tecnologia.

Se você ficou com alguma dúvida ou quer saber se a cirurgia robótica é indicada para o seu caso, estou à disposição para conversar. Acompanhe o meu perfil do Instagram

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Urologista pela UFMG, especialista em Uro-Oncologia e Cirurgia Minimamente Invasiva. Atua com cirurgia robótica e é professor universitário.

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